segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bioma abriga parcela significativa da diversidade biológica
do Brasil e é um dos mais ameaçados do mundo

De 2008 a 2010, foram desmatados 20.867 hectares de Mata Atlântica nativa, o equivalente a metade do município de Curitiba. As informações foram divulgadas nesta semana pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e constam do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”.

O estado de Minas Gerais liderou o ranking do desmatamento, com 12.524 hectares. Em seguida vieram Paraná (2.699 hectares) e Santa Catarina (2.149). A estes números somam-se desflorestamentos de 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 hectares em São Paulo, 315 hectares no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 hectares no Mato Grosso do Sul.

Minas Gerais possuía, originalmente, 46% de seu território coberto pelo bioma Mata Atlântica, e agora restam, segundo o estudo, apenas 9,64%.

O estado que tem o maior índice de conservação da Mata Atlântica é Santa Catarina (22%), seguido por Rio de Janeiro (18%), São Paulo (13%) e Espírito Santo (10%).

Municípios
Os cinco municípios que mais desmataram são mineiros. Ponto dos Volantes e Jequitinhonha, ambos na região do Jequitinhonha, perderam 3.255 e 1.944 hectares, respectivamente.

“Os desmatamentos nestes municípios e outros dessa região se concentraram nos limites do Cerrado e Caatinga, especialmente nas Matas Secas, para expansão da agropecuária e do carvão vegetal para siderurgia. É necessário que o uso do carvão vegetal seja regulamentado com florestas plantadas dentro dos critérios da certificação de produtos florestais”, explica Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.

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